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Na Festa de São Firmino, em Pamplona, são as pessoas que correm atrás dos touros
A festa, que se prolonga durante uma semana, é muito acarinhada pelos locais e não só. Milhares de estrangeiros viajam de propósito para acompanhar as largadas de touros pela cidade espanhola durante este evento que tem, também, muitos críticos.
Depois de uma pausa forçada de dois anos devido à pandemia, a Festa de São Firmino regressou à capital da província espanhola de Navarra, Pamplona. O evento, que arrancou no passado dia 6 de Julho e que se estenderá até ao dia 14, chega a reunir um milhão de pessoas numa cidade de 200 mil habitantes.
Quem teve as honras de abertura foi o ex-futebolista espanhol Juan Carlos Unzué que, no dia 6 de Julho, acendeu o tradicional fogo-de-artifício que inaugura os setes dias de festa. Mais do que celebrar o santo francês que dá nome à festa, o Santo Firmino, as pessoas que se deslocam a Pamplona por esta altura do ano têm outras vontades na mente. Escreve o El País: “Querem correr à frente dos touros, e beber como tolos, e ficar viciados talvez para sempre nos ritos da fiesta”.
Isto porque são as famosas largadas de touros nas estreitas ruas da cidade, que acontecem diariamente, que mais entusiasmam os “sanfermines”, como a imprensa espanhola designa os participantes. Nestas corridas vêem-se as pessoas a correr ao lado dos touros, tanto que, enquanto uns caem e pouco depois já estão de pé, outros precisam mesmo de obter cuidados médicos.
Nestes sete dias são ainda organizados arraiais, desfiles, concertos e touradas, tudo para celebrar esta tradição que remete aos tempos medievais e que era apoiada, por exemplo, pelo escritor Ernest Hemingway, grande entusiasta das touradas. Porém, muitos criticam também o evento, sobretudo os grupos anti-touradas, que consideram a parada uma “barbaridade”, lembra o El País.
O mesmo jornal diz que, desde 1910, morreram 16 pessoas neste evento.