Relações com Portugal: quase quatro décadas a gerir a assimetria com Lisboa

A relação entre os dois países foi marcada pela personalidade do antigo Presidente. Cordial e tensa quanto baste para consumo interno. O pragmatismo não esconde a inevitabilidade do relacionamento. Directa ou indirectamente, as maiores empresas portuguesas operam em Angola.

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O Presidente da República, general Ramalho Eanes, recebido com honras militares pelo seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos, no Aeroporto 4 de Fevereiro, em Luanda, a 15 de Abril de 1982 Fernando Baião / Lusa

Em mais de quatro décadas de independência e quase 40 anos de presidência de José Eduardo dos Santos, que morreu esta sexta-feira, as relações Angola-Portugal ou Portugal-Angola foram pautadas pelas vicissitudes internas dos dois países. Estabilizada a situação angolana, com as mudanças de alianças subsequentes ao fim da Guerra Civil, e normalizado o quadro de referência internacional e institucional português na União Europeia, o balanço do relacionamento não é linear.

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