Quem foi afinal Vicente Lusitano, o compositor “pardo” de Olivença, estrela em Roma, desaparecido na Alemanha?
Reconhecido há muito pela historiografia musical portuguesa, o “primeiro compositor negro a ter a sua música publicada” está a ser alvo de uma intensa redescoberta no Reino Unido.
“Uma figura importante e negligenciada do século XVI”, assim o apresentavam há duas semanas no 64.º Colóquio Internacional de Estudos Humanistas organizado pelo Centro de Estudos Superiores da Renascença da Universidade de Tours, em França. Alguém que, devido à falta de informação sobre a sua vida, à posição única, peculiar, em que se encontrava, e à negligência e ao desconhecimento acumulados nos séculos que se seguiram à sua morte, viu serem “reduzidos” ou “ignorados” os seus “feitos musicais”. Vicente Lusitano, nascido em Olivença, destacado compositor e teórico musical em Roma, não é certamente um desconhecido da historiografia musical portuguesa; pelo contrário, ocupa nela um lugar importante, há muito reconhecido no meio académico. No entanto, algo de novo parece estar a acontecer-lhe por estes dias.
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