PSD in vino veritas
O “íssimo cansaço” de que falava Fernando Pessoa é o espelho do actual PSD. O festival do vinho da porta ao lado ajudou os congressistas a atingirem o ânimo possível.
Os partidos (e, vá lá, a vida) são como o vinho. Nunca se sabe se vai ser boa a colheita do ano e se, depois da vinha vindimada, miraculosamente surge um partido “intenso, distinto, encorpado e com muita vida pela frente” como acontece quando o clima e o enólogo são bons. A viticultura social-democrata tem tido anos muito difíceis, sendo impossível detectar qualquer “final de boca complexo” ou “aroma elegante”, descontados os ainda recentes sucessos das vitórias autárquicas de Carlos Moedas em Lisboa e de José Manuel Silva em Coimbra. A maioria absoluta do PS a 30 de Janeiro fez azedar definitivamente as produções dos anos Rui Rio.
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