Centro histórico de Viseu vai ter espaço dedicado à arte contemporânea
Nova galeria receberá para residência, exposição e masterclass os artistas plásticos André Cepeda, Dayana Lucas, Gabriela Albergaria e João Queiroz.
O centro histórico de Viseu vai passar a ter, a partir de domingo, um espaço dedicado à arte contemporânea, que exibirá regularmente obras de artistas portugueses consagrados criadas a partir da região.
A galeria de arte contemporânea Venha a Nós a Boa Morte (VNBM) nasce num espaço reabilitado pela Pausa Possível - Associação Cultural e de Desenvolvimento e quer afirmar-se como “um projecto original que pretende contribuir para a diversidade e descentralização da criação artística” em Portugal.
“VNBM é um programa de quatro exposições anuais, assumindo a clara intenção de enquadrar o distrito de Viseu, enquanto território de perscrutação e de produção contemporânea no que diz respeito às artes visuais e na sua relação com a região”, justifica a Pausa Possível, que criou este programa com a produtora Cul de Sac.
Durante cinco anos, serão convidados “artistas portugueses com um percurso nacional e internacional sólido e longo, cujo trabalho e formas de se relacionarem com o território sejam absolutamente diferentes entre si, com suportes e concepções, eventual e diametralmente opostas”, explica.
O objectivo é “a produção de um discurso estético e social, a partir das criações a serem pensadas, produzidas e expostas em Viseu”, acrescenta.
A Pausa Possível avança que, no final de cinco anos de residências, em 2027, já com 20 artistas e 20 exposições, a intenção é “a edição de um livro que suportará uma exposição com todos os trabalhos criados desde 2022”, em vários museus da cidade de Viseu.
Durante o corrente ano, a galeria receberá para residência, exposição e “masterclass” os artistas plásticos André Cepeda, Dayana Lucas, Gabriela Albergaria e João Queiroz.
O programa é inaugurado com a exposição de fotografia Ressonância, de André Cepeda, que resulta de uma residência do artista na cidade de Viseu, em colaboração com Miguel Abras.
“Enquanto André Cepeda fotografava, Miguel Abras gravava, escrevia e entrevistava com o objectivo de criar um texto experimental que irá ser apresentado na inauguração da exposição. André Cepeda apresenta uma série de fotografias inéditas, que percorrem ruína, o abismo e a vertigem em ressonância como sobrevivência”, refere.
A VNBM estabeleceu protocolos com o Plano Nacional das Artes, com a Associação Portuguesa de Professores de Artes Visuais e com a Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu.
No âmbito destes protocolos, professores e alunos do ensino superior e do ensino secundário poderão ter visitas guiadas, usufruir de masterclasses e acompanharem o processo criativo e de produção da exposição.