Vem aí muito calor: temperaturas “acima dos valores normais” na primeira quinzena de Julho

IPMA antecipa anomalias que podem chegar aos 5ºC em algumas zonas do país. Termómetros podem ultrapassar os 40ºC em alguns locais do Alentejo e Vale do Tejo.

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Termómetros devem chegar a valores máximos entre os 35ºC e os 40ºC no Alentejo e no Vale do Tejo Miguel Manso

A chegada do Verão já fazia antever um aumento natural das temperaturas, mas o final da primeira semana de Julho deve trazer dias mais quentes que o habitual. De acordo com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a primeira quinzena de Julho vai ser de temperaturas “acima dos valores normais”, com os termómetros a registarem anomalias de até 5 graus Celsius (5ºC) no continente.

O IPMA prevê que o início de Julho seja caracterizado por uma “diminuição da intensidade de vento e um aumento gradual da temperatura”. Antecipa, assim, que no final desta primeira semana do mês a temperatura deverá atingir valores máximos entre os 35ºC e os 40ºC no Alentejo e no Vale do Tejo – e não é de excluir “a possibilidade de que pontualmente a temperatura possa ultrapassar 40ºC em alguns locais”, avisa.

Algumas localidades do país já registaram temperaturas acima dos 35 graus Celsius no primeiro dia de Julho. O registo mais elevado foi na estação de Oriola, em Portel, no Alentejo, que chegou aos 36,6ºC.

A subida das temperaturas máximas, que será sentida em todo o país, também deverá ser acompanhada de um aumento das mínimas, com possibilidade de ocorrência de “noites tropicais nos vales do Douro e do Tejo, e no sotavento Algarvio”, com os termómetros a medir entre 20 e 22ºC.

O IPMA avisa que a subida da temperatura é acompanhada de “condições de instabilidade”, em particular nas regiões Norte e Centro e com maior frequência no interior. Existe a possibilidade de aguaceiros e trovoada nos primeiros dias do mês – já este domingo, por exemplo.

As temperaturas mais altas que os valores normais para esta altura do ano devem-se “ao surgimento de um fluxo de leste” sobre Portugal continental, num “padrão meteorológico de bloqueio” que manterá o tempo com condições semelhantes durante toda a primeira quinzena.