“O Estado não tem mecanismos para fixar médicos. E neste momento nem sequer se preocupa em segurá-los”

Fernando Cirurgião é o director do serviço de obstetrícia do Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa. Ao PÚBLICO, conta como a elaboração de escalas da urgência do seu hospital é um quebra-cabeças.

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As equipas da urgência têm pouca gente e dependem de médicos contratados à hora Manuel Roberto

Esta semana começou para Fernando Cirurgião, director do serviço de ginecologia-obstetrícia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (São Francisco Xavier), com uma péssima notícia. “Acabo de receber um mail dos recursos humanos a anunciar que um colega que acabou agora de fazer a especialidade pediu a rescisão do contrato”. É um médico a quem foram dadas todas as condições para ter uma formação de excelência, chegou mesmo a ir uns tempos para o estrangeiro. “O Estado não tem mecanismo nenhum para fixar estas pessoas. E neste momento nem sequer se preocupa em segurá-las”, lamenta o obstetra que é coordenador regional, em Lisboa e Vale do Tejo, da comissão criada há dias pela ministra da Saúde para dar resposta célere à crise das urgências.

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