Magro, ossudo, com a energia tensa de uma mola sempre prestes a soltar-se, Carlos Santos Pereira era para nós, estagiários ainda a sonhar com a primeira reportagem internacional a sério, um objecto de fascínio. Naqueles primeiros anos do PÚBLICO, em que tudo estava a começar, o mundo chegava-nos pelos telexes que cortávamos diligentemente, separando-os em pastas por continentes, e pela voz de Santos Pereira que falava ao telefone, em intransponíveis línguas eslavas, e sempre muito alto, com personagens misteriosas algures num ponto distante do planeta.
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