Tudo-o-que-precisas-saber-para-o-teu-primeiro-festival é o título de um guia da FNAC que pretende ajudar o consumidor de festivais de música pop (por comodidade, usar-se-á o termo pop ao longo do presente texto). Explica como planear, o que fazer se se perder na multidão, a roupa que deve levar, os cuidados a ter com o sol e os acidentes. Ao jovem debutante ou veterano de concertos, o desvelo da loja francesa não provocará grande espanto, mas diz-nos algo sobre o que são hoje, com as devidas excepções, os festivais de música pop. Em Woodstock, em 1969, um jornalista, diante da multidão, terá comentado que ali estava um novo negócio. Um pouco mais de organização e profissionalismo, e o evento — naquilo que tinha de caótico — podia ser transformando num formato lucrativo. E assim foi. Nas décadas seguintes, com altos e baixos, dos negócios da música pop, o festival foi o que melhor resistiu ao tempo. Para usar um termo muito comum, soube reinventar-se. A estrela da rádio, o single, o álbum e o teledisco definharam, não o festival. Logo que se anuncia a Primavera, eis que atrai a si, multiplicando-se por vários palcos, todos aqueles sedentos de novas sensações musicais. Mas serão os tempos os mesmos ou, de facto, mudaram?
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