Amor, a quanto obrigas…
Espalhando as personagens por um conjunto de cenários, dispostos como as salas temáticas dos bordéis mais sofisticados do século XIX (responsabilidade de Marisa Fernandes), o encenador Rui Neto encontrou uma forma airosa e dinâmica de espelhar as personalidades daquele conjunto de desajustados desesperados por amor
Era tudo muito simples quando se resumia a procriação e preservação da espécie. Mas isso acabou provavelmente ainda antes dos neandertais. Agora – chama-se evolução – o amor tem muito que se lhe diga e assume muitas formas e feitios. A principal razão, provavelmente, é por ser, a bem dizer, assunto de humanos. Ora, os humanos, com a sua variedade e imaginação, ainda para mais inflacionadas pela contribuição da literatura e do cinema e do teatro, tornaram-no tema demasiado vasto, complexo, susceptível a muitas exaltações, equívocos, surpresas e bastantes desilusões, pelo que o melhor é restringir a coisa. Talvez ao seu lado mais utópico, e também mais armadilhado, isto é, o amor romântico, de preferência à primeira vista e para a vida.
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