Professores consideram que exame de Geografia foi “acessível”
Tipo de questões apresentadas estão no âmbito da “cidadania territorial”.
As questões apresentadas no exame de Geografia A do 11.º ano, realizado nesta segunda-feira por 8672 alunos, “relevam para um nível de raciocínio e pensamento críticos associados ao planeamento e ordenamento do território, no âmbito da cidadania territorial”. Quem o afirma é a Associação de Professores de Geografia (APG), num comentário enviado ao PÚBLICO pela sua presidente, Ana Cristina Câmara.
“Quanto aos processos cognitivos mobilizados na resolução do exame, considera-se que o grau de dificuldade é semelhante ao da edição anterior, atendendo à obrigatoriedade de todos os itens de construção e ao grau de exigência do conhecimento do território nacional e sua articulação com os conteúdos da disciplina, a que acresce a mobilização dos conhecimentos geográficos na tomada de posição e argumentação face a situações problema”, especifica a APG.
No ano passado, a média do exame de Geografia da 1.ª fase foi de 10,7 valores numa escala de 0 a 20.
No conjunto, a APG considera “o exame globalmente acessível e representativo das competências e dos temas contemplados nas Aprendizagens Essenciais”. Também os alunos ouvidos pelo PÚBLICO testemunharam no mesmo sentido.
Aponta também que a prova do ano passado foi “menos criativa ao nível da tipologia dos itens de selecção”, categoria onde se incluem os itens de escolha múltipla.
À semelhança dos últimos dois anos, este exame só conta como prova de acesso ao ensino superior. Também como tem acontecido desde 2020, o exame está dividido entre um grupo de questões cujas respostas contam obrigatoriamente para a classificação final (no caso são 18) e outro onde só são tidos em conta os itens cujas respostas obtenham melhor pontuação (em 10, são contabilizados os seis melhores).
Tinham-se inscrito para o exame desta segunda-feira 13.409 alunos, dos quais 4737 faltaram à prova.