Jean-Marie Schaeffer: “A experiência estética aumenta a realidade da vida real”
O último convidado, antes do Verão, do programa Políticas da Estética: O Futuro do Sensível, o filósofo francês Jean-Marie Schaeffer vai trazer, dia 23 de Junho, ao Centro Cultural de Belém, os problemas da relação estética enquanto modalidade particular de estar no mundo. O Ípsilon conversou com este autor de importantes obras sobre a experiência estética, as categorias fundamentais da arte e a narração.
Considerado figura central da filosofia moderna francesa, Jean-Marie Schaeffer (1952) tem dedicado o seu percurso intelectual e académico ao pensar da estética e à investigação nos domínios do produção artística, literária e visual. Das suas obras publicadas fazem parte importantes estudos da experiência estética e as categorias fundamentais da arte, em especial as do género e da ficção. Salientem-se alguns títulos: L'art de l'âge moderne. L’esthétique et la philosophie de l’art du XVIIIe siècle à nos jours (1992), Pourquoi la fiction (1999), L'Expérience esthétique (2015) e, mais recentemente, Les troubles du récit:pour une nouvelle approche des processus narratifs (2020). Mas não foi a propósito de um destes livros que surgiu a oportunidade de interpelar Schaeffer sobre as questões que tem perseguido no campo da estética, da filosofia e da literatura. Director emérito de Investigação no Centro Nacional de Investigação Científica (França) e dos Estudos na Escola de Estudos Superiores em Ciências Sociais (EHESS), será, no dia 23 de Junho, quinta-feira (pelas 18h30), o último convidado, antes das férias de Verão, do ciclo de conferências Políticas da Estética. Ao Centro Cultural de Belém o autor vai trazer os problemas da relação estética enquanto modalidade particular de estar no mundo. O que significa enquanto modo de atenção? Em que sentido podemos dizer que é uma fonte de bem-estar e de boa vida? Quando podemos evocar a experiência de uma epifania estética, noção elaborada por James Joyce? Começámos a conversa com o filósofo pelas perguntas mais simples que não deixam de ser (as mais) complexas. Como podemos descrever uma relação estética? O que a desperta? A arte, a vida quotidiana, a natureza?
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