Passageiros dos EUA e Canadá passam a utilizar e-gates nos aeroportos portugueses
Ministério da Administração Interna reforçou os aeroportos de Lisboa e Porto com mais 25 inspectores do SEF e anunciou que será permitido o uso das portas tecnológicas de controlo de fronteiras por passageiros vindos da América do Norte. São medidas para combater as filas de várias horas registadas nos últimos dias.
Os passageiros dos Estados Unidos e Canadá podem utilizar a partir desta quarta-feira, na chegada a Portugal, as portas tecnológicas de controlo de fronteiras (e-gates) e os aeroportos de Lisboa e Porto foram reforçados com 25 inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Estas duas novas medidas entraram em vigor esta quarta-feira e constam do Plano de Contingência Verão IATA 2022, implementado pelo SEF com o apoio operacional da PSP, anunciou em comunicado o Ministério da Administração Interna (MAI). Estas medidas são anunciadas após se terem registado longas filas e horas de espera por parte dos passageiros de voos de fora da União Europeia na chegada a Lisboa.
Segundo o MAI, os passageiros oriundos dos Estados Unidos da América e do Canadá podem utilizar, na chegada a Portugal, as portas tecnológicas de controlo de fronteira (e-gates) no âmbito do Sistema de Reconhecimento Automático de Passageiros Identificados Documentalmente (Rapid4All). O Ministério tutelado por José Luís Carneiro precisa que esta medida está em vigor nos aeroportos internacionais de Lisboa e de Ponta Delgada, nos Açores, sendo alargada posteriormente aos do Porto e de Faro.
O MAI avança também que mais 25 inspectores do SEF afectos a funções de controlo de fronteiras entraram em funções: dez nos aeroportos de Lisboa e 15 do Porto, como previsto no Plano de Contingência Verão IATA 2022.
O alargamento do sistema Rapid4All vai permitir, segundo o MAI, “uma maior rapidez no processo de controlo de fronteiras sem nunca comprometer a segurança, na medida em que a experiência e a competência da equipa técnica dos sistemas de informação e dos inspectores são factores relevantes de celeridade e fiabilidade que se verificam em simultâneo”.
Esta medida permitirá ainda, “num momento de grande pressão da estrutura aeroportuária, melhorar a gestão das fronteiras externas, melhorar o serviço aos utentes, aumentar a eficácia dos controlos fronteiriços e do combate à imigração ilegal”, refere o comunicado.
O MAI dá também conta de que, na terça-feira e na fase de testes do alargamento do Rapid4All aos cidadãos provenientes do Canadá e dos EUA, estes representaram um quarto do total de passageiros que chegaram ao aeroporto de Lisboa. Segundo o MAI, até às 13h00 desta quarta-feira, utilizaram o sistema Rapid4All, no aeroporto de Lisboa, 700 passageiros provenientes dos EUA e 67 passageiros provenientes do Canadá.
Dados do MAI indicam que, em 2019, no período pré-pandemia, o aeroporto de Lisboa recebeu 529 mil passageiros provenientes dos EUA e 165 mil do Canadá — uma média superior a 57 mil passageiros por mês.
Entre Janeiro e Maio de 2022 foram recebidos no aeroporto de Lisboa 167 mil passageiros provenientes dos Estados Unidos da América e 41 mil passageiros do Canadá, correspondendo a uma média de 41,6 mil por mês.
O sistema Rapid4All era até agora utilizado nas chegadas ao país por cidadãos nacionais e estrangeiros residentes em Portugal, da União Europeia, Austrália, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido e Singapura.
E em relação ao reforço do número de inspectores do SEF, o MAI refere que dez foram colocados no aeroporto de Lisboa e 15 no do Porto, esclarecendo que na fase de arranque do plano de contingência, no início do mês de Junho, o aeroporto de Lisboa tinha sido reforçado com 15 elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
O plano de contingência para os postos de fronteira dos aeroportos portugueses para o período de Junho a Setembro de 2022 possui um conjunto de medidas que vão ser implementadas gradualmente até 4 de Julho. Entre as medidas consta um reforço de 238 elementos do SEF e da PSP durante os meses de verão, mais 82% do que o efectivo actual nos postos de fronteira, passando a 529 o efectivo dos aeroportos, e várias soluções tecnológicas.