PCP quer ouvir na AR Governo e representantes dos trabalhadores dos CTT sobre serviço prestado

Partido sustenta que houve um “aumento de queixas” em relação ao serviço que é prestado pelos CTT.

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PCP quer ouvir ministro Pedro Nuno Santos no Parlamento para prestar esclareciemntos sobre os CTT Rui Gaudencio

O grupo parlamentar do PCP requereu esta quarta-feira as audições no Parlamento do ministro das Infra-estruturas e das organizações que representam os trabalhadores dos CTT para prestarem esclarecimentos sobre a actual situação da empresa.

De acordo com um requerimento endereçado através da Assembleia da República ao ministro das Infra-estruturas e da Habitação, à Comissão de Trabalhadores dos CTT e sindicatos, a bancada comunista requer a audição do ministro Pedro Nuno Santos e destas organizações para darem esclarecimentos sobre a prestação do serviço postal e o contrato de concessão.

O partido sustenta que houve um “aumento de queixas” em relação ao serviço que é prestado pelos CTT, pelo que se exige um “cabal esclarecimento dos motivos de queda generalizada do serviço prestado em simultâneo com o aumento dos preços pagos pelo mesmo”.

Argumentando que o serviço prestado pela empresa – que já esteve na esfera do Estado e que o PCP quer que regresse – é “essencial às populações e ao tecido empresarial” do país, o PCP considera que o Parlamento “tem o dever de conhecer as condições de prestação do serviço, a realidade da empresa e dos seus trabalhadores”.

De acordo com uma notícia divulgada pelo Correio da Manhã nesta terça-feira, a Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) recebeu 79 queixas por dia entre Janeiro e Março deste ano.

O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações, Vítor Narciso, denunciou em declarações à TSF, na segunda-feira, que há falta de trabalhadores e que e que há atrasos na entrega de correspondência.

“O carteiro passa todos os dias, mas só deixa correio uma vez por semana. Alguns tipos de correspondência têm atrasos de quinze dias, registos com atrasos de cinco dias e correio azul com atraso de três a cinco dias e, nalguns casos, mais”, relatou Vítor Narciso àquela rádio.

A Lusa constatou no Portal da Queixa que há milhares de reclamações contra os CTT desde o início do ano.