Factura da água baixa para 90% dos consumidores domésticos de Vila do Conde

Presidente da câmara fala de um “acordo histórico” e diz que a redução de 35% no preço da factura atingirá 12 euros/mês, o que dá uma poupança de 144 euros/ano.

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Câmara de Vila do Conde reduz até 35% no preço da água e saneamento para a maioria dos consumidores domésticos do concelho

A partir do Agosto, a maioria dos consumidores domésticos de Vila do Conde vai passar a pagar menos 35% no preço dos serviços de água e de saneamento, anunciou esta quarta-feira o presidente da câmara, Vítor Costa, cumprindo assim uma promessa eleitoral assumida na campanha autárquicas, que venceu com maioria absoluta.

“Conseguiu-se uma redução máxima de 35% para os consumidores domésticos que têm um consumo até 10 metros cúbicos (m3) e é nesta faixa que se encontram 90% dos consumidores domésticos do concelho de Vila do Conde”, declarou Vítor Costa, revelando que para aqueles que excedam os 10m3/mês, a redução não será tão expressiva, mas também é “significativa.”

Em conferência de imprensa, o autarca socialista explicou que este ajuste no tarifário foi alcançado no âmbito de uma negociação com a empresa Indaqua, concessionária do serviço, que acordou reduzir parte dos seus lucros. Em contrapartida, a concessão vai estender-se por mais uma década, até 2058.

O acordo a que as duas entidades chegaram vai permitir pagar menos 12 euros por mês na factura, o que representa uma poupança de 144 euros por ano no caso dos consumidores domésticos do concelho que gastam até 10 metros cúbicos por mês.

Para os pequenos consumidores da indústria e do comércio, que gastem até 10 m3 - e que no concelho são cerca de 5000 -, não haverá redução nem aumento no preço da factura, o mesmo se aplica às IPSS, escolas, estabelecimentos de ensino superior, ordens religiosas, e associações desportiva e culturais.

O presidente da Câmara de Vila do Conde referiu que nesta redução não está contemplada a parcela relativa ao tratamento de resíduos - um serviço prestado pela empresa intermunicipal Lipor -, mas deu a entender que no futuro esses valores “serão ajustados.”

"Pela primeira vez, e de forma significativa, a tarifa da água baixa para os consumidores domésticos em Vila do Conde. Foi uma das maiores prioridades deste executivo termos água a um preço justo e aceitável”, afirmou, explicando que a autarquia teve de fazer cedências nas negociações com concessionária do serviço, e além do prolongamento do contrato por mais uma década, a autarquia abdica de receber rendas da Indaqua no valor de 20 mil euros por mês, e passa a pagar a água que utiliza na rega dos espaços verdes da cidade, num valor calculado em 10 mil euros mensais, o que totaliza um encargo total de 360 mil anuais para a autarquia.

Vítor Costa falou de uma “negociação dura” que consubstanciou um acordo “histórico”. “Foi uma negociação dura, mas leal e de boa-fé. O valor das rendas de que a câmara abdicou já era apenas um terço daquele que foi negociado no início do contrato. Quanto ao valor da rega, acreditamos que o podemos baixar com a implementação imediata de medidas ambientais e de regulação de consumo em todos os serviços municipais”, vaticinou o presidente da autarquia vilacondense.

A partir de agora, qualquer actualização nos tarifários só pode ser feita em função da inflação. A renegociação do contrato com a empresa concessionária do serviço tem agora de ser submetida primeiro ao executivo e depois à Assembleia Municipal de Vila do Conde.

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