C5 Aircross renasce para ganhar coração híbrido de ligar à corrente
O SUV da Citroën chega com novo visual, o mesmo conforto e mecânicas que pretendem estar mais ajustadas às exigências ambientais.
Quando a Citroën lançou o C5 Aircross, em 2018, sabia que tinha em mãos uma fórmula de sucesso, mas estaria longe de imaginar que, quatro anos depois, já tinha vendido mais de 260 mil unidades na Europa, um quarto nos primeiros seis meses após o lançamento e com dois anos de pandemia pelo meio. Agora, o SUV do segmento C apresenta-se actualizado de ponta a ponta, a começar por um visual mais marcante.
O C5 Aircross introduz, aliás, uma nova linguagem de design na frente, com linhas mais estruturadas para dar uma sensação de maior robustez, impondo dessa forma a sua presença em estrada. Com uma frente pensada na vertical, importa notar o logótipo da marca, que foi redesenhado e aparece no centro da grelha, alinhado com as luzes diurnas, assim como as alargadas entradas de ar que, além de contribuírem para um aspecto mais agressivo, beneficiam a aerodinâmica, característica importante quando se começa a fazer contas de quanto gasta.
Por dentro, é evidente a evolução tecnológica, com um novo desenho do ecrã táctil de 10”, que parece flutuar no tablier, e da consola central. Mas o que mais se distingue no habitáculo é o generoso espaço, a forma como a Citroën consegue pensar num automóvel para cinco passageiros (a segunda fila é composta por três bancos individuais, deslizantes, reclináveis e retrácteis), sem descurar o conforto. Aliás, este, assegura a marca francesa, continua a ser uma pedra basilar, seja na suspensão, configurada para absorver a maioria dos ressaltos do asfalto, seja através dos bancos Advanced Comfort (e que podem ser melhorados com função de aquecimento e de massagem) — em mais de uma centena de quilómetros e com muitas curvas de montanha pelo Parque Natural Regional dos Pré-Alpes d'Azur, o carro mostrou que consegue bailar de forma segura. A pensar no condutor, há ainda assistentes que permitem uma viagem mais tranquila, como o de condução em auto-estrada, capaz de tornar as longas viagens menos maçadoras.
Mas, ao mesmo tempo que manteve as apostas no conforto, espaço e modularidade, o renovado C5 Aircross revela-se ainda capaz de agradar pelo facto de ter “amadurecido para se tornar mais elegante e dinâmico”. Há uma maior percepção de qualidade e nota-se que houve mais cuidado na montagem dos interiores. A mala, reclama a marca, é uma referência no segmento: de 580 a 720 litros nas mecânicas térmicas e entre 460 e 600 litros na versão híbrida plug-in.
É, aliás, esta motorização que faz a diferença na gama de motorizações. O C5 Aircross passará a ser disponibilizado com mecânica Hybrid 225 S&S ë-EAT8, que une um Puretech de 1,6 litros com 180cv a um sistema eléctrico com potência de 81,2 kW (equivalente a 110cv), alimentado por uma bateria com capacidade de 13,2 kWh. O resultado é a capacidade de circular por 55 quilómetros em modo exclusivamente eléctrico (desde que não se ultrapasse a velocidade de 135 km/h). E o automóvel irá fazer de tudo para que o seu utilizador não se esqueça de recarregar a bateria, lançando alertas para que ligue o carro à ficha.
O C5 Aircross será ainda equipado com motor a gasolina, o 1.2 PureTech de 130cv, e a gasóleo, o 1.5 BlueHDi de 130cv. Ambas as mecânicas térmicas podem ser acopladas a caixa manual de seis velocidades ou a uma automática de oito relações (EAT8). Os preços arrancam nos 31.212€ para o 1.2 PureTech 130 S&S CVM6; o Hybrid 225 S&S ë-EAT8 é proposto a partir de 43.417€.