Onde andaram os partidos a gastar a subvenção? Em congressos, sondagens e muita propaganda
Partidos são obrigados por lei a comunicar as acções de propaganda que realizaram e os meios utilizados. Mas cada um classifica as despesas à sua maneira. Neste momento estão em falta oito partidos.
Em Maio do ano passado, quando Rui Rio ironizava sobre a “desgraça completa” da sondagem da Intercampus que colocava o PSD a 16,2 pontos do PS e no nível mais baixo desde, pelo menos, as legislativas de 2019, o líder social-democrata talvez tivesse outros resultados dos estudos de mercado que o partido encomendou à concorrência. Em 2021, o PSD encomendou sondagens no valor total de 75.600 euros, sendo a empresa preferida a Consulmark – só por uma vez foi cliente da Intercampus —, de acordo com a listagem de meios e acções de propaganda entregue na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos. Não é possível saber as datas das sondagens, mas há facturas com numeração seguida, o que indicia que é a empresa fornecedora habitual do PSD. E há até uma factura com a indicação de que se trata de uma sondagem sobre Coimbra – presume-se que para aferir da viabilidade do apoio a José Manuel Silva, que acabou por roubar o município ao PS.
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