O que fica da linguagem do corpo?

Vasco Araújo vai declinando, exposição após exposição, os sinais de que o mundo em que vivemos está minado.

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Vasco Araújo fala-nos de uma falha que mina o tecido cultural onde nos inserimos VASCO VILHENA

A peça central desta mostra é um filme — cujo título, Pathosformel, dá o nome à exposição — onde se sucedem cenas distintas, sem que se consiga descortinar um fio narrativo. Todas elas possuem uma referência clássica, como é tantas vezes o caso na obra de Vasco Araújo. Todas elas, também, incluem a recitação de textos sobre as raízes da cultura europeia, que podem ser falados em grego ou latim, e supõem uma câmara estática que reproduz a postura de um espectador teatro ou numa ópera. E, de facto, todas as cenas se relacionam com a longuíssima história da representação em palco — teatral, operática ou outra.

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