Miguel Albuquerque defende que PSD “tem de mudar quase tudo”

Em entrevista ao Diário de Notícias, o presidente do governo madeirense afirma que “agora ou o PSD consegue fazer uma mudança substancial ou corre o risco de desaparecer como partido alternativo”.

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Miguel Albuquerque será candidato nas eleições regionais madeirenses de 2023 Paulo Pimenta

Apoiante de Luís Montenegro nas directas do PSD realizadas há uma semana, Miguel Albuquerque considera que o líder eleito “tem um trabalho ciclópico pela frente” pois “agora ou o PSD consegue fazer uma mudança substancial ou corre o risco de desaparecer como partido alternativo”.

Em entrevista ao Diário de Notícias publicada este sábado, o líder do PSD-Madeira e presidente do Governo Regional da Madeira afirma que o PSD nacional “tem de mudar quase tudo e tem de o fazer neste tempo”, considerando que “é preciso visitar as empresas, falar com os empresários, falar com a sociedade, com as universidades, é preciso captar essas pessoas”.

Albuquerque prossegue dizendo que Montenegro terá de saber “construir uma alternativa à governação do PS”, a começar por dotar o PSD de “uma agenda mobilizadora” capaz de permitir ao partido abrir-se “às novas gerações” e tornar-se “urbano, moderno e reformista”. “E que tenha um programa e, sobretudo, um conjunto de quadros – que também devem ir buscar-se à sociedade – suficientemente aliciantes para captar os jovens quadros nacionais”, acrescenta.

Para o governante madeirense, o PSD “não estava a fazer” esse trabalho, pelo que, com carácter de urgência, “o partido tem de perceber o que é que as novas gerações da sociedade querem”.

Já sobre a possibilidade de os três deputados à Assembleia da República eleitos pelo PSD-Madeira ​serem alvo de sanções pela violação da disciplina de voto por terem optado pela abstenção na votação final do Orçamento do Estado para este ano, Miguel Albuquerque diz acreditar “que isso não vai acontecer”. “Mas, se acontecer, não há nada a fazer, uma vez que não violamos os nossos princípios de defender os interesses da Madeira”, assegura.

Albuquerque confirma ainda que será candidato ao executivo regional nas eleições previstas para o próximo ano, acto eleitoral que espera “ganhar”.

Na entrevista, o líder regional aproveita ainda para defender “uma solução a nível da lei fiscal” para a Madeira, de modo a tornar o arquipélago mais atractivo e capaz de fixar “empresas internacionais e nacionais”. O “reforço da capacidade de atracção fiscal” pretendido seria conseguido, exemplifica, com a “possibilidade de ultrapassarmos os 50% de diferencial fiscal” relativamente ao continente, bem como a redução da taxa de IRC para 10% “à semelhança do que a Bulgária tem”.

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