Crise no terreno. 100 dias de guerra em quatro datas
23 de FevereiroO dia antes
Dias antes de Putin anunciar a operação para a "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia", a Rússia já tinha enviado soldados russos para as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk. Foi de lá que partiram, mais tarde, para sul, Mariupol, e para norte, Kherson e Kharkiv, em busca de atingirem a capital, Kiev.
Fontes: Instituto para os Estudos da Guerra dos EUA; NYT; El País
15 de MarçoCerco a Kiev
Durante o mês de Março deram-se os maiores combates a norte e nas áreas mais próximas da capital. Depois de várias investidas falhadas dos soldados russos, as forças ucranianas recapturaram grandes áreas nos arredores de Kiev e os russos acabaram por recuar e estabelecer um novo objectivo para a “operação militar especial”: o Donbass.
Fontes: Instituto para os Estudos da Guerra dos EUA; NYT; El País
13 de AbrilObjectivo Donbass
Redireccionando os seus esforços para ganhar o controlo do leste e do sul do país, as forças russas conseguiram resultados rapidamente, com o objectivo principal de criar um corredor terrestre entre a Crimeia e as regiões separatistas apoiadas pela Rússia em Donetsk e Lugansk.
Fonte: Instituto para os Estudos da Guerra dos EUA
22 de MaioA queda de Mariupol
A resistência das forças ucranianas retardou o avanço russo, especialmente perto de Mykolaiv, no oeste, e na cidade Mariupol, que acabou por ser conquistada pelos russos. A rendição dos soldados na fábrica Azovstal marcou o fim da resistência em Mariupol e a concentração das tropas russas na frente de Lugansk e Donetsk.
Fonte: Instituto para os Estudos da Guerra dos EUA
As perdas militares russas e ucranianas na guerra
Perdas de equipamento militar nas forças armadas dos dois países desde o início da invasão russa à Ucrânia, a 24 de Fevereiro. Os dados são compilados pela plataforma independente Oryx e só incluem veículos e equipamentos destruídos ou capturados cuja existência possa ser comprovada por fotografia ou vídeo. A lista completa por ser consultada em oryxspioenkop.com
Auto-estrada E40 entre Kiev e Bucha - sinais de destruição provocada pelos ataques russos / MIGUEL MANSO
Crise migratóriaQuase sete milhões de pessoas deixaram a Ucrânia…
Quase sete milhões de ucranianos deixaram o país desde a invasão russa. É a mais grave crise de refugiados da actualidade. A guerra obrigou cerca de 15 milhões de pessoas a deixarem as suas casas, um terço da população nacional. Segundo a ONU, aos 6,8 milhões de refugiados, a maioria mulheres, crianças e idosos, juntam-se outros oito milhões de deslocados internos. A Polónia é o país que mais refugiados ucranianos recebeu (3,6 milhões), enquanto quase um milhão chegou à Roménia e outros 970 mil foram para a Rússia.
…dos quais 39.346 estão em Portugal
Principais concelhos de destino
Como a guerra na Ucrânia se compara com outras grandes crises da história moderna
Mais de 5,1 milhões de ucranianos deixaram o país desde o início da ofensiva russa
Crise alimentarA guerra da Ucrânia e o fantasma de uma crise alimentar global
Variação de preços
Em Abril de 2022 face à média de 2014-16
Os mais em risco
Peso da alimentação no total das despesas domésticas, por classe de rendimentos
O regresso dos proteccionismos
Exemplos de países produtores que impuseram restrições à exportação de bens alimentares, por produto e respectiva percentagem no total das importações mundiais
Milhões de pessoas em risco de crise alimentar no mundo
Oito países com desnutrição grave prevista para 2022, em milhões de pessoas