Quando um banco italiano abre um museu ele pode ser assim
Nápoles tem um museu renovado numa das artérias mais movimentadas da cidade. É um dos quatro pólos da Gallerie d’Italia, braço cultural do Intesa Sanpaolo, um dos maiores bancos italianos. Nas salas há agora cerâmicas gregas, pintura, escultura e fotografia, do século VI a.C. ao XXI. E um Caravaggio.
O exagero é de proporções bíblicas, como aliás convém ao martírio de uma princesa cristã às mãos dos hunos, uma história contada num sucesso literário da Idade Média, a Legenda Aurea Sanctorum, e remetida à condição de lenda já no século XX pela igreja católica, depois de dela se ter servido durante centenas de anos. Diz, então, a lenda que Úrsula, filha de um governante bretão, foi prometida em casamento depois de ter jurado manter-se virgem como prova da sua fé. Perante o matrimónio inevitável, e na tentativa de o adiar, a noiva decidiu fazer uma peregrinação pela Europa com um séquito de onze mil virgens (as variantes desta história são muitas, a começar pelo número de jovens que a acompanhavam) que acabaram assassinadas pelos hunos em Colónia, na Alemanha.
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