Victoria Camps: “Vivemos tempos em que evitamos a tristeza através de fármacos”
Em Elogio da Felicidade, a filósofa espanhola vai de Aristóteles às receitas alegadamente fáceis dos livros de auto-ajuda. A busca da felicidade é pessoal e é política. “O bem comum é um conceito que desapareceu das democracias de hoje”, diz.
Para Aristóteles, a estrada para a felicidade era uma vida virtuosa, a moderação dos desejos e a participação na política. Os estóicos dizem que o que não depende de nós deve ser visto “com indiferença” — a perspectiva da morte, por exemplo, não nos deveria dilacerar porque o fim da vida é inevitável. Viktor Frankl foi prisioneiro nazi, mas encontrou salvação na força interior. São muitos e pessoais os caminhos da felicidade e é deles que a filósofa espanhola Victoria Camps trata em Elogio da Felicidade, publicado em 2019 e editado agora em Portugal pelas Edições 70.
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