Quatro mortos em tiroteio num hospital do Oklahoma. Atirador também morreu

Michael Louis, de 45 anos, entrou num hospital de Tulsa, no estado norte-americano do Oklahoma, e matou quatro pessoas. Teria um alvo particular: o cirurgião que o operou.

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A polícia de Tulsa dirigiu-se ao hospital St. Francis após denúncias sobre um homem com uma espingarda no local Reuters/MICHAEL NOBLE JR.
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Equipa de assistência médica no local do tiroteio, no Oklahoma,Equipa de assistência médica no local do tiroteio, no Oklahoma Reuters/TULSA POLICE,Reuters/TULSA POLICE
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Um homem armado matou quatro pessoas num centro hospitalar em Tulsa, Oklahoma, nesta quarta-feira, antes de se suicidar, no mais recente tiroteio a agitar os Estados Unidos e que acontece uma semana depois de um homem matar 19 crianças e duas professoras numa escola primária no Texas.

O suspeito, identificado pela polícia como Michael Louis, tinha 45 anos e terá entrado no hospital com uma espingarda e uma pistola, num acto deliberado contra um dos cirurgiões, Preston Phillips. De acordo com o comandante da polícia de Tulsa, o atirador culpava Phillips, ortopedista de 59 anos, pelas dores nas costas permanentes com que ficou após uma cirurgia.

As outras três vítimas estariam apenas no seu caminho: Stephanie Husen, médica internista de 48 anos; Amanda Glenn, recepcionista de 40 anos; e William Love, paciente de 73 anos que terá tentado impedir a morte de Preston Phillips.

A polícia chegou ao hospital St. Francis três minutos depois de receber uma chamada sobre o tiroteio na tarde de quarta-feira. Os agentes terão seguido o som dos tiros até o segundo andar do Edifício Natalie, disse Eric Dalgleish, vice-chefe do departamento de polícia de Tulsa, aos jornalistas.

Dalgleish confirmou que quatro pessoas morreram, sem incluir o atirador, que aparentemente morreu de “um ferimento de bala auto-infligido” no momento em que chegou a polícia. “Neste momento, podemos confirmar que o atirador está morto. Os agentes dirigiram-se ao hospital St. Francis após denúncias sobre um homem com uma espingarda no local.”

A polícia evacuou o hospital num cenário descrito como "catastrófico”, não sendo conhecido o número exacto de feridos. “Os agentes estão a passar por todos os quartos do edifício à procura de outras ameaças”, disse a polícia numa publicação na rede social Facebook. “Sabemos que há vários feridos e, potencialmente, várias vítimas [mortais]”, acrescentou.

O Hospital St. Francis Health System encerrou o campus devido à situação no centro hospitalar Natalie Medical Building, que abriga um centro de cirurgia de ambulatório e um centro de saúde da mama.

Dezenas de carros da polícia podiam ser vistos do lado de fora do complexo, e as autoridades fecharam a circulação ao trânsito enquanto prossegue a investigação. Um centro de reunificação e apoio às famílias foi montado numa escola próxima.

As autoridades sublinharam ainda a rapidez com que a polícia actuou, chegando ao hospital quatro minutos depois da denúncia. Os protocolos a seguir em caso de tiroteio estão “frescos na mente de todos”, disse Eric Dalgleish, dirigente do departamento policial de Tulsa, em referência às críticas à resposta da polícia ao tiroteio numa escola primária do Texas. “Tulsa revisita regularmente este tema.”

Há uma semana, a 24 de Maio, um tiroteio numa escola primária no Texas vitimou 19 crianças e duas professoras, tornando-se o pior da última década em escolas norte-americanas, desde o massacre na primária Sandy Hook, no Connecticut. Passou cerca de uma hora desde o início do ataque até a polícia retirar as crianças da escola e invadir a sala onde o atirador estava barricado.

Poucos dias depois, também no Texas, o antigo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump discursou na convenção da Associação Nacional de Armas e, perante milhares de proprietários de armas e políticos republicanos, pediu que se “armem os cidadãos” de forma a combater o “mal na sociedade”.

Desde o início de 2022, a organização Gun Violence Archive já contou pelo menos 232 tiroteios em massa nos Estados Unidos. Com o tiroteio de Tulsa, 233.

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