PCP exige aumento do salário mínimo para 800 euros já em Julho para contrariar inflação
No entender dos comunistas, “são precisas medidas urgentes para interromper o empobrecimento acelerado de parte da população”.
O PCP exigiu esta terça-feira o aumento extraordinário do salário mínimo para 800 euros já em Julho e de todas as pensões no mínimo em 20 euros para contrariar o “empobrecimento acelerado” da população face ao crescimento da inflação.
“São precisas medidas urgentes para interromper o empobrecimento acelerado de parte da população, o agravamento da exploração e a especulação. Impõe-se um aumento geral dos salários – dos sectores privado e público – incluindo um aumento extraordinário do salário mínimo nacional para 800 euros em Julho”, exigiu o partido em comunicado.
O PCP sustentou que os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que apontam para o crescimento da taxa de variação homóloga de inflação para 8% em Maio, o valor mais elevado desde Fevereiro de 1993, demonstram que o Governo tem de avançar com “medidas urgentes” que assegurem “a recuperação e valorização do poder de compra” dos portugueses.
“O Orçamento do Estado para 2022 foi aprovado na semana passada. Mas o que a vida está a demonstrar é que este Orçamento não serve para responder a uma situação de agravamento diário dos preços, corroendo poder de compra”, considerou o partido, exigindo ao executivo “que reponha o poder de compra de todas as pensões com um valor mínimo de 20 euros”.
O PCP apresentou também como medida para contrariar o crescimento da inflação o controlo dos preços dos combustíveis e dos bens alimentares, “impondo preços máximos, tal como da habitação”. “Nada fazer, como pretendem PS, PSD, Chega e IL, é ser conivente com o escandaloso aproveitamento que os grupos económicos estão a fazer da actual situação”, completou o partido na nota divulgada.
A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 8% em Maio, face aos 7,2% de Abril, o valor mais alto desde Fevereiro de 1993, avançou esta terça-feira o INE.