Uma parada de música no feminino volta a ocupar o Theatro Circo

Nova edição do ciclo MUSA leva a Braga nomes como The Weather Station, Rocío Márquez e Sílvia Pérez Cruz. A acompanhar os concertos, a exposição fotográfica Família estará no salão nobre até 25 de Junho

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A música no feminino volta a ser protagonista no Theatro Circo em mais uma edição do ciclo MUSA. Até sábado, os palcos da instituição bracarense recebem oito projectos musicais protagonizados por mulheres, percorrendo géneros que vão do flamenco à folk, passando pela pop. Mas o ciclo não se resume à música: até 25 de Junho, o salão nobre do teatro recebe a exposição Famílias, da fotógrafa Mag Rodrigues, que retrata agregados familiares LGBTQI+ residentes em Portugal.

A abertura do ciclo, marcada para quarta-feira, estará a cargo da compositora e multi-instrumentista canadiana Tamara Linderman, cabeça do projecto The Weather Station. A artista nomeada para um Polaris Music Prize em 2021 pelo disco Ignorance subirá a palco a solo para apresentar o mais recente disco How Is It That I Should Look at the Stars.

Na segunda noite, o protagonismo será partilhado entre a mexicana Silvana Estrada e a catalã Silvia Pérez Cruz. Naquele que será o primeiro palco português de Estrada, a artista apresentará Marchita, o seu disco de estreia, num concerto que promete tanto de jazz como de música tradicional do México. Sílvia Pérez Cruz encerrará o serão com um concerto centrado em Farsa (Género Imposible). O disco, lançado em 2020, foi composto em colaboração com outros artistas e em diálogo com as mais variadas disciplinas, do teatro à poesia, passando pela fotografia e pela pintura.

A penúltima noite, de 3 de Junho, será dividida entre dois nomes sonantes da música espanhola. O duo Maria Arnal i Marcel Bagés levará para o palco o seu segundo disco, CLAMOR, de 2021. Depois, Maria José Llergo entregar-se-á aos temas de Sanación, o seu álbum de estreia, num espectáculo de homenagem ao flamenco que lhe é característico, transformado pelas electrónicas e por apontamentos de música ambiental.

A fechar o Ciclo MUSA, no sábado, o Theatro Circo propõe aos espectadores uma verdadeira viagem no tempo. Se cabe à voz promissora de Ángeles Toledano inaugurar o palco, é à veterana Rocío Márquez que foi entregue a tarefa de encerrar o festival. Toledano, de 26 anos, nasceu numa família com historial no flamenco. Aos 15 anos já conquistava o primeiro prémio no Concurso de Jóvenes Flamencos, aos 18 conseguiu uma bolsa de estudo para ingressar na Fundación Christina Heeren Flamenco Art School, em Sevilha.

Rocío Márquez, por sua vez, estreia-se em Braga para apresentar o disco Visto En El Jueves, o quinto da sua discografia. A cantora é uma referência do flamenco contemporâneo, ao combinar o respeito pela tradição matricial daquele género com a vontade de explorar e de expandir os seus limites.

Os bilhetes para o Ciclo MUSA oscilam entre os 7,5 e os 15 euros e podem ser adquiridos na bilheteira do Theatro Circo, na bilheteira online e nos locais habituais. A exposição tem entrada gratuita.

Texto editado por Inês Nadais

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