Quatro anos em tribunais, um ano fora de casa. O calvário de Maria Diogo
Maria Diogo, uma mulher perto dos 80 anos, viu a casa onde morava no centro de Lisboa destruída. Desde então vive “nómada” entre o acolhimento do filho e de amigos. Mas já antes deste incidente, há quase um ano, percorrera um longo caminho nos tribunais para provar que tem direito a permanecer na casa que arrenda há mais de quatro décadas. História de uma mulher que luta pelo direito à habitação.
Maria Diogo ainda gosta da sua casa. Apesar de tudo, consegue ver futuro nos tectos destruídos, nas estantes vazias, nos móveis partidos, nos vidros que ainda existem pela casa. Nas memórias que vai encontrando soltas pelo chão, como a ficha de avaliação do filho, com perto de 40 anos, que o dizia “assíduo e pontual”. Ou a fotografia rasgada do marido de fato às riscas e gravata sarapintada que acaba de encontrar nas escadas do prédio, feito estaleiro de obras.
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