O ano de 1995 foi muito divertido na política portuguesa: os 10 anos de cavaquismo absoluto chegavam ao fim, começava o ocaso dos 20 anos de domínio do PSD nos Açores e também o carismático líder da JSD Pedro Passos Coelho cedia o lugar a alguém mais novo. A quem? A ideia era ser Nuno Freitas, o sucessor aparentemente consensual. Acontece que, à última hora, Nuno Freitas – que quis nas últimas autárquicas ser candidato do PSD à Câmara de Coimbra, mas Rio preferiu José Manuel Silva – decidiu que era melhor concorrer à presidência da Associação Académica de Coimbra do que à liderança dos jovens sociais-democratas… E perdeu. Depois de perder, arrepende-se, mas já era tarde: o então jovem, bonito e frio Pedro Passos Coelho, que tinha inicialmente dado o seu apoio de “ancião” da JSD a Nuno Freitas, já tinha transferido a sua bênção para Jorge Moreira da Silva.
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