O Orçamento do hiato de 2022
O OE de 2022 tem um indiscutível mérito: a discussão e a votação pouparam-nos ao deprimente negócio de mercearia a que nos habituáramos nos anos da “geringonça”
A discussão e a votação na especialidade do Orçamento do Estado de 2022 pode ter sido condicionada pelo “rolo compressor” da maioria, como se queixou o PSD; pode ter desperdiçado “a última oportunidade de Portugal fazer algo de estruturalmente diferente”, como denunciou a IL; pode expor um programa “datado e recauchutado”, por não reflectir o drama da inflação; pode ser, e é, apenas um hiato de quatro meses para a verdadeira prova de fogo de 2023. Mas tem um indiscutível mérito: a discussão e a votação pouparam-nos ao deprimente negócio de mercearia a que nos habituáramos nos anos da “geringonça”.
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