Benfica procura fazer a festa em casa na Liga Europeia de andebol
A Altice Arena é o palco da final four da prova, neste fim-de-semana. “Encarnados” medem forças com o Wisla Plock, em busca de um lugar na final.
Dê por onde der, a actual caminhada do Benfica na Europa do andebol já entrou na história. Mas uma coisa é ter no palmarés uma presença nas meias-finais da Liga Europeia, outra é levantar o troféu e inscrever o nome na lista de vencedores. É justamente isso que os “encarnados” vão tentar fazer entre no sábado e no domingo, na Altice Arena, em Lisboa, onde decorre a final four da prova. Uma oportunidade única.
Entre a equipa portuguesa e a final da segunda competição de clubes mais importante da hierarquia da EHF (federação europeia de andebol) estão os polacos do Wisla Plock (sábado, 17h30, BTV). Oriundos de um país com tradição na modalidade e segundos classificados do campeonato (que se decidiu na última jornada, a favor do suspeito do costume, o Kielce), chegam a esta fase depois de terem triunfado no Grupo A e de terem afastado os alemães do TBV Lemgo e os suíços do Kadetten Schaffhausen na fase a eliminar.
“Vi os jogos do Wisla, foram sensacionais e todo o fantástico envolvimento, a tensão, a pressão, tudo! O Wisla tem feito óptimos jogos, mesmo com jogadores de fora com cartões vermelhos e a lesão do Niko Mindegía”, analisa Chema Rodríguez, técnico espanhol que chegou ao Benfica em 2020. “Será um jogo sensacional, as duas equipas poderão ganhar tanto este jogo como esta competição”.
Os “encarnados” procurarão repetir o feito da equipa de futsal, que em 2010 se sagrou campeã precisamente no pavilhão onde agora se discute a Liga Europeia. E para isso poderá ser determinante o apoio vindo das bancadas. “O Wisla é uma equipa muito forte e, para ganhar este jogo, teremos de estar concentrados a 100%, aplicar a nossa táctica e contarmos em toda a partida com os nossos adeptos e essa emoção”, projecta o lateral Petar Djordjic, quarto melhor marcador da prova, com 90 golos apontados.
O internacional sérvio tem sido fundamental na trajectória do Benfica nesta temporada europeia, que arrancou em Agosto de 2021. As “águias” começaram por defrontar, na primeira eliminatória da qualificação, os suíços do Kriens Luzern (vitórias por 31-24 e 29-18), e afastaram de seguida os alemães do Rhein-Neckar Löwen (31-31 e 33-28), teoricamente favoritos, para se apurarem para o Grupo B.
Graças a um segundo lugar na fase de grupos, com os mesmos pontos do primeiro, o GOG (Dinamarca), o Benfica prosseguiu para os oitavos-de-final, batendo os franceses do Fenix Toulouse (derrota por 38-34 e triunfo por 36-30), antes de afastar os eslovenos do Gorenje Velenje nos “quartos” (36-29 e 27-27).
Agora, será preciso ultrapassar o Wisla Plock para chegar à final de amanhã, a discutir com o vencedor do SC Magdeburg-RK Nexe (sábado, às 16h). Sergey Hernández, guarda-redes espanhol das “águias”, antecipa “um jogo muito igualado”. “Todos querem ganhar. Penso que será uma grande batalha pela final”.