Juan José Millás: “A velhice é uma invenção cultural. Na natureza só há plenitude e morte”
O escritor Juan José Millás sempre olhou para a pré-história com curiosidade e sempre se sentiu próximo dos neandertais. Depois de anos a pensar sobre o tema, ganhou coragem e sugeriu a Juan Luis Arsuaga, uma das referências no estudo da evolução humana, que trabalhassem juntos. O resultado desta colaboração é uma trilogia, cujo primeiro volume está já editado em Portugal. Um livro que fala de ciência, mas se lê como um romance.
Os dois homens conheceram-se há uns anos durante uma visita guiada a um dos mais importantes sítios arqueológicos europeus no que toca ao estudo da pré-história, na Serra de Atapuerca. O visitante é agora um escritor de 76 anos, à época já multipremiado, que esperou muito para se dedicar ao jornalismo mas que hoje é autor de reportagens e crónicas que atraem cada vez mais leitores. O guia é um respeitado paleontólogo de 68 anos, director do Museu da Evolução Humana de Burgos e um dos responsáveis científicos pelas escavações de Atapuerca, onde há décadas cientistas de várias áreas reúnem material e informação para que todos possamos ficar a saber um pouco mais sobre as origens do homem.
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