Disco, livro, palco: traços de um animal sentimental
Com um livro no prelo, a lançar no início de Junho, Mísia leva esta sexta-feira a palco o seu autobiográfico Animal Sentimental.
Há histórias que fatalmente nos perseguem e outras a que voltamos com interesse, com a ideia de ir mais longe, conhecer melhor uma vida ou um percurso. A de Susana, nascida no Porto, de mãe espanhola e pai português, é uma delas. Não é assim que a conhecemos, porque um dia ela leu a biografia de uma musa parisiense de origem polaca, mas nascida em São Petersburgo, na Rússia dos czares, no ano de 1872: Maria Zofia Olga Zenajda Godebska. Pianista e protectora das artes, a sua casa era frequentada por nomes que hoje fazem parte da história da literatura, da pintura, da música, do cinema ou da moda, como André Gide, Stéphane Mallarmé, Marcel Proust, Claude Debussy, Claude Monet, Pierre-Auguste Renoir, Paul Signac, Toulouse-Lautrec, Jean Renoir ou Coco Chanel. Ficou conhecida pelo diminutivo polaco de Maria, Mísia, tornando-se Mísia Sert depois do seu casamento (o terceiro) com o pintor catalão Josep Maria Sert (1874-1945). Lido o livro, Susana não teve dúvidas: “O seu nome era curto e redondo; nunca o tinha ouvido. Adoptei-o imediatamente.” E assim Susana Maria Alfonso de Aguiar passou a ser conhecida por Mísia.
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