Mergulhadores espanhóis libertam uma baleia presa numa rede — que lhes “agradeceu”

Um navio descobriu a baleia totalmente emaranhada na rede ilegal, sem sequer conseguir abrir a boca. Os mergulhadores demoraram 45 minutos a soltar o mamífero.

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A baleia-jubarte de 12 metros estava emaranhada numa rede usada num método de pesca ilegal, ao largo da ilha Baleares de Maiorca Reuters/STRINGER

Num emocionante resgate submarino, mergulhadores espanhóis libertaram uma baleia-jubarte de 12 metros que estava emaranhada numa rede usada num método de pesca ilegal, ao largo da ilha Baleares de Maiorca.

Uma das mergulhadoras, a bióloga marinha Gigi Torras, de 32 anos, disse que o resgate — e o pequeno gesto de agradecimento do mamífero gigante — foram também o “melhor presente de aniversário de sempre”.

“Foi fora deste mundo, foi incrível, simplesmente incrível”, disse à Reuters. É apenas a terceira vez que uma destas baleias é avistada nas proximidades das ilhas Baleares.

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A baleia debilitada foi avistada por um navio, a cerca de três milhas (cerca de cinco quilómetros) da costa oriental de Maiorca, que deu o alerta ao centro de salvamento marinho Palma Aquarium, que entrou em acção.

Descobriram a baleia totalmente emaranhada na malha vermelha, sem sequer conseguir abrir a boca. Depois de os tripulantes do barco tentarem cortar a rede, sem sucesso, mergulhadores dos centros de mergulho de Albatros e Skualo lançaram-se ao mar para retirar a rede com facas, numa operação audaz de 45 minutos.

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“Nos primeiros dez segundos ela estava um pouco nervosa, mas depois — não sei, chamem-me disparatada — acho que ela sabia que estávamos lá para a ajudar e simplesmente relaxou e começámos a trabalhar da frente da boca para trás”, disse Torras, dona do Albatros. “Continuámos a cortar e a cortar e ela deu um pequeno abanão para se libertar”, conta Torras, acrescentando que o mamífero ficou algum tempo na companhia dos quatro mergulhadores, para recuperar força, e até fez o que lhes pareceu ser “um pequeno sinal de agradecimento”, antes de começar a nadar.

Chamadas “paredes da morte”, pela quantidade de vida marinha que capturam para além do peixe para o qual estão preparadas, as redes de deriva foram proibidas pelas Nações Unidas há 30 anos.