Daniel Libeskind: “Um museu é o que acontece a uma pessoa que entra nele”
O arquitecto que está projectar o futuro Museu Judaico de Lisboa deu uma conferência na qual falou de memória, democracia, liberdade e de como o espírito de uma cidade sobrevive às ditaduras.
Filho de sobreviventes do Holocausto que, saídos dos campos de concentração nazis, não tinham casa nem familiares vivos que os pudessem receber, Daniel Libeskind nasceu num abrigo. “Isso torna-me, sem dúvida, qualificado para ser arquitecto”, disse, com um sorriso, numa conferência esta segunda-feira em Lisboa. “Temos a sensação de que é assim que a vida começa, que somos todos, de certa forma, sem abrigo, que temos sorte em encontrar uma casa. Nascemos no mundo daquilo que mais tarde tomamos como certo, mas podíamos ter nascido noutro mundo, noutro tempo, na miséria, na fatalidade, na alegria, nunca sabemos exactamente.”
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