O Artéria está a nascer e convida a comunidade a contar as histórias de Lisboa
Está a nascer um projecto de informação comunitária dedicado a Lisboa, com o cunho do PÚBLICO. O Artéria funcionará de portas abertas a todos os que sintam a cidade como sua e tenham vontade de dar a conhecer as boas histórias que lhe dão vida.
Uma janela aberta sobre a rica comunidade formada por todos os que fazem a cidade de Lisboa. Mas também uma plataforma de discussão sobre os melhores caminhos para ajudar a solucionar os problemas e os desafios sentidos por quem a vive todos os dias. É assim que se posiciona o Artéria, novo projecto de informação comunitária do PÚBLICO, feito com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e que, em breve, iniciará a sua actividade.
A ideia principal é dar a conhecer os impulsos construtivos e as vivências que, em conjunto, contribuem para a identidade da capital portuguesa. E, para os relatar, nada melhor do que convidar os membros desse fértil colectivo: as pessoas comuns que asseguram o seu pulsante quotidiano. No fundo, dar voz a quem faz trabalho de base. “O que vier a ser o Artéria vai depender muito do que os voluntários vierem a fazer dele”, disse David Pontes, director-adjunto do PÚBLICO e responsável pelo pelouro dos projectos editoriais, em Dezembro passado, quando a ideia foi revelada.
Num mundo inundado de informação, e onde as redes sociais têm muitas vezes um papel sobretudo de exacerbamento das diferenças e das posições críticas, o desafio do Artéria será, então, o de funcionar como facilitador da comunicação e de fórum de partilha de ideias construtivas, mas também de celebração daquilo que une quem faz de Lisboa o lugar privilegiado das suas vivências.
Se existem realizações inovadoras em curso na comunidade ou propostas para melhorar a vida na cidade saídas do empenho da sociedade civil, pretende-se que elas sejam contadas aos leitores do jornal pelos cidadãos interessados em fazê-lo. Essa será uma das marcas identitárias de uma plataforma informativa que terá existência diária online (num sítio próprio alojado em publico.pt) e como suplemento bimestral do jornal em papel, com a gestão editorial garantida por jornalistas profissionais.
O Artéria quer, por isso, apelar à participação voluntariosa de todos os que sintam Lisboa como sua e tenham vontade de ajudar a dar a conhecer narrativas interessantes sobre a vida na cidade, mas que não tenham ainda divulgação suficiente. As atenções centrar-se-ão na rua e nos bairros. Para conseguir realizar esse retrato sempre em movimento de uma comunidade em permanente mutação, o formato favorecido será o da reportagem escrita, mas também a fotografada ou a ilustrada. Cada pessoa utilizará a linguagem com que se sente mais confortável.
Existirá espaço para histórias mais longas, bem como para apontamentos preciosos sobre a vida urbana ou ainda rubricas temáticas. Os tópicos serão tão diversos quanto a cidade de Lisboa e abordarão, preferencialmente, áreas como a participação cívica, o urbanismo, a vida comunitária, a defesa do ambiente, a arquitectura, o património ou a história. Esses assuntos e outros que se revelem pertinentes justificam não só o alinhamento editorial do Artéria, bem como as actividades a ele ligadas, como a realização de visitas temáticas, conferências ou workshops.
Essas iniciativas já começaram em Dezembro passado, com o primeiro de quatro roteiros pela cidade de Lisboa, nesse caso dedicado às lojas históricas. O mais recente decorreu a 14 de Maio e percorreu o imenso património edificado que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa detém no coração da capital.
Em Janeiro, realizou-se a primeira conversa Artéria, então dedicada ao conselho de cidadãos que a Câmara Municipal de Lisboa havia prometido criar – e que, entretanto, está já em actividade. A 26 de Maio, terá lugar a segunda, centrada na revolução nos transportes anunciada pela entrada em funcionamento da nova rede de autocarros Carris Metropolitana.
Todos os que estiverem interessados em participar deverão enviar um email para arteria@publico.pt, dando conta de como pensam poder ser úteis ao projecto. Terão sempre resposta.