BCE sinaliza fim das taxas de juro negativas que vigoram desde 2014

Taxa da facilidade permanente de depósito, que marca o juro que os bancos recebem pelos fundos depositados no banco central, está nos -0,5%.

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Actual conjuntura económica não facilita o trabalho de Lagarde. Reuters/POOL

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, revelou esta segunda-feira mais um sintoma da preocupação com a inflação, ao sinalizar o fim das taxas de juro negativas aplicadas aos depósitos feitos na instituição pelos bancos.

Actualmente, a taxa da facilidade permanente de depósito, que marca o juro que os bancos recebem pelos fundos depositados no banco central, está nos -0,5%, uma penalização que pressiona as instituições financeiras a manter o dinheiro em circulação na economia em vez de o deixar parado, que começou a ser aplicada em 2014 por causa da crise financeira e do euro.

Agora, através de um texto publicado no blogue do BCE, intitulado “Normalização da política monetária na zona euro” – e que repete várias vezes a palavra “normalização” -, Lagarde diz que as compras líquidas de activos através do programa que está em vigor deverão acabar no início do terceiro trimestre.

Isso, afirma, “deverá permitir uma subida da taxa [de refinanciamento, que define o custo dos empréstimos feitos pelo BCE], na nossa reunião de Julho”, tal como já tinha sido sinalizado e, com base nas informações actuais, “é provável que estejamos em posição de sair das taxas de juro negativas no final do terceiro trimestre”.

Depois disso, o próximo passo, acrescenta, será guiado pela evolução das perspectivas de inflação no médio prazo, tendo como referência a meta dos 2%.

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