ARS Centro confirma problemas na plataforma de requisição de transporte de doentes

Problemas na plataforma de acesso foram causados por um ataque informático, confirma presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

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Goncalo Dias

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) confirmou este sábado a existência de problemas na plataforma de acesso ao Sistema de Gestão de Transporte de Doentes, que impossibilita aos doentes o acesso a cuidados de saúde.

“Neste momento, estão a ser desenvolvidos todos os esforços para mitigar os constrangimentos sentidos, sendo que é expectável que a situação se encontre resolvida em breve”, referiu à agência Lusa fonte da ARSC.

O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) disse à agência Lusa que o problema ficou resolvido, através de uma solução que permite que os bombeiros tenham acesso em segurança aos pedidos de transportes não urgentes.

“Isto teve impacto, nomeadamente na ligação dos bombeiros ao sistema, e causou constrangimentos”, disse o dirigente, considerando que a solução interna encontrada “é segura para dar resposta” aos doentes.

Segundo Carlos Cortes, os problemas na plataforma de acesso foram causados por um ataque informático.

Num e-mail enviado à ministra da Saúde, na quarta-feira, o cidadão João Morgado, de Coimbra, denunciou que a plataforma informática de requisição de transportes de doentes na região Centro estava em baixo há mais de 15 dias.

“São centenas de pessoas que estão prejudicadas sem terem como fazer os seus tratamentos”, escreveu o animador socioeducativo na missiva dirigida a Marta Temido, a que a agência Lusa teve acesso, no seguimento de uma situação de falta de transporte para a sua mãe, que necessita de medicina de reabilitação após uma cirurgia.

Segundo disse à agência Lusa, “actualmente em Coimbra só se estão a fazer transportes de doentes que necessitem de hemodiálise, estando esses transportes a ser requisitados telefonicamente e diariamente”.

“Os restantes utentes estão há mais de 15 dias sem transporte e segundo as previsões de quem fala com os utentes, a situação mantém-se e sem resolução à vista”, acrescentou João Morgado, que, através das suas diligências, conseguiu agendar telefonicamente transporte para a sua mãe.