Marcelo admite ir a Kiev se e quando o Governo entender adequado

Convite foi feito pelo Presidente ucraniano durante a visita de António Costa a Kiev, mas a data ainda não foi anunciada. Marcelo Rebelo de Sousa admitiu a possibilidade de se deslocar à Ucrânia quando o Governo entender necessário e se considerar vantajoso para o interesse de Portugal.

Foto
EPA/PRESIDENTIAL PRESS SERVICE HANDOUT

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, este sábado, que o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para realizar uma visita à Ucrânia em data ainda a acertar.

“Sou portador de um convite que o Presidente Zelensky fez a sua excelência o Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa] para visitar a Ucrânia em data oportuna. E esse é o convite que transmitirei”, declarou o primeiro-ministro que está na Ucrânia este sábado.

Em resposta, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que começou por afirmar que não tinha recebido qualquer convite, admitiu a possibilidade de visitar a capital ucraniana “quando o Governo entender adequado e se entender que é o melhor para o interesse de Portugal”.

“Não quer dizer que à segunda-feira vá um, à quarta vá outro e à sexta vá outro. Quer dizer, irá de acordo com aquilo que for definido pelo mais conveniente para a política externa portuguesa”, completou.

O Presidente da república observou ainda que “uma coisa é não ir nenhum” alto representante do poder político português à Ucrânia, “outra coisa é irem os três ao mesmo tempo” e realçou que no caso do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, “há uma questão de retribuição”, uma vez que o líder ucraniano foi convidado a discursar no Parlamento no dia 21 de Abril.

Questionado sobre se já tinha falado com António Costa desde o início da visita do primeiro-ministro a Kiev, Marcelo respondeu que não, mas garantiu estar a acompanhar o que se passa. "E o que se passa passa-se bem, quer dizer, a presença do primeiro-ministro português ao lado da posição ucraniana é uma presença do poder político como um todo e é muito importante para Portugal, porque é uma afirmação de consistência, de coerência da posição portuguesa, e corresponde ao sentir esmagadoramente maioritário dos portugueses”, defendeu.