O Instagram está a mudar: quer tornar-se “mais imersivo”. Mas já há críticas
A rede social vai apostar nos vídeos verticais, que passarão a ocupar o ecrã por completo. Alguns utilizadores já têm a nova versão e, no Twitter, as reacções não têm sido as melhores, com comparações ao Tik Tok.
A rede social Instagram está a fazer alterações e alguns utilizadores já têm uma nova versão da cronologia de publicações. A aplicação está a experimentar um feed mais parecido com o da rede social concorrente, Tik Tok. A aposta é nos vídeos verticais, que ocupam o ecrã por completo.
Adam Mosseri, do Instagram, anunciou a actualização no dia 3 de Maio, mas a implementação tem sido faseada, em apenas algumas contas. Na rede social Twitter explicou que a empresa “está a testar uma nova experiência de visualização imersiva” no feed principal. Os vídeos passarão a ser uma “parte mais importante” da experiência, e “o conteúdo passará a ser mais imersivo”.
�� Testing Feed Changes ��
— Adam Mosseri (@mosseri) May 3, 2022
We’re testing a new, immersive viewing experience in the main Home feed.
If you’re in the test, check it out and let me know what you think. ���� pic.twitter.com/dmM5RzpicQ
O responsável referiu ainda que as recomendações irão também ocupar uma parte maior do feed. Serão apresentadas publicações que o Instagram considera que o utilizador poderá gostar, mas das quais ainda não ouviu falar, dando-lhe mais controlo no que toca à utilização da aplicação, segundo referiu.
De acordo com o site TechCrunch, a Meta, empresa-mãe da rede social, avançou que mais de 20% do tempo dos utilizadores da aplicação é investido nos Reels (também mais parecidos com o Tik Tok).
Segundo dados de Janeiro deste ano, o Instagram contava com cerca de 1500 milhões de utilizadores activos por mês, opondo-se aos cerca de 1000 milhões do Tik Tok, revela o portal Statista.
“Sabemos que o futuro do vídeo e das fotografias é ‘mobile-first’”, ou seja, são captadas primeiramente com os telemóveis, e com as dimensões de “9x16; são imersivas”, explica Mosseri. “Estamos a tentar perceber como podemos desenvolver o Instagram num mundo onde mais e mais pessoas serão ‘mobile-first’”.
Nem todas as reacções têm sido boas e alguns utilizadores recorreram ao Twitter para criticar a mudança, afirmando que não querem um “Tik Tok 2” ou um “duplicado” da rede social vizinha. Uma das características negativas mais apontadas é a sobreposição das legendas sobre as imagens, que dificultam a leitura e a visualização da fotografia publicada.
Pete Souza, que foi fotógrafo na Casa Branca durante a presidência de Barack Obama, é um dos críticos. “Esta confusão do Instagram só piora, distanciando-se dos fotógrafos e abrindo caminho para vídeos curtos de lixo”, escreveu no Twitter, depois de ter afirmado que a nova actualização vai “estragar” a rede social, ao alterar as fotografias.
Em Portugal alguns utilizadores já viram o seu feed mudar.