Prestação dos créditos à habitação contratados nos últimos três meses sobe 12 euros

Taxa de juro implícita no conjunto dos empréstimos subiu 1,1 pontos base, para 0,805%.

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As taxas Euribor, a que estão associados a maioria dos contratos em Portugal, começaram a subir no início do ano Miguel Manso

A evolução em alta das taxas Euribor começa a reflectir-se nos contratos de crédito à habitação existentes e que utilizam esta taxa variável. Em Abril, a taxa de juro implícita no conjunto dos empréstimos foi de 0,805%, mais 1,1 pontos base que os 0,794% no mês anterior, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística, divulgados esta sexta-feira.

Contudo, é nos contratos celebrados nos últimos três meses que a subida das Euribor se destaca, com a taxa a subir mais 2,6 pontos base, passando de 0,831% em Março para 0,857% em Abril, o mais alto dos últimos 12 meses.

A subida das taxas e o montante mais elevado dos novos empréstimos ­– o capital médio em dívida foi 125.411 euros, mais 1882 euros do que em Março – explicam a subida da prestação de 12 euros.

No conjunto dos contratos, o capital em dívida subiu 519 euros, fixando-se em 59.242 euros, e a prestação média subiu dois euros, para em 257 euros. Deste valor, 41 euros (16%) correspondem a pagamento de juros e 216 euros (84%) a capital amortizado.

As taxas Euribor, a que estão associados a maioria dos contratos em Portugal, começaram a subir no início do corrente ano, e de forma mais acentuada desde Fevereiro, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

O prazo de 12 meses, o mais utilizado nos contratos mais recentes, já está em terreno positivo desde 12 de Abril, atingindo esta sexta-feira 0,353%, mais 0,009 pontos que na sessão anterior e um novo máximo desde Outubro de 2014.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada no conjunto dos contratos avançou para -0,078%, mais 0,018 pontos do que na sessão anterior e um novo máximo desde Fevereiro de 2016.

A três meses, a Euribor manteve-se em -0,348%, um máximo desde Julho de 2020. Com Lusa

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