A vida invisível

O mestre documentarista chileno encerra uma trilogia sobre a memória com um filme paradoxalmente “em aberto”.

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Perto do final de A Cordilheira dos Sonhos, Patricio Guzmán, 81 anos, diz que se habituou a fazer filmes “ao longe” — e “longe” — do seu Chile natal, do qual se exilou após o golpe de estado que depôs Salvador Allende e instaurou a ditadura militar. Antes, dissera, na voz off, que já vivera mais tempo fora do Chile do que dentro do país que abandonou em 1973; e que os vinte filmes que tinha feito desde então, todos fora do Chile, eram todos sobre o Chile.

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