Dependência do turismo mantém o Algarve refém das baixas qualificações e salários
A universidade atrai alunos com um slogan apelativo: “Estudar onde é bom viver.” Terminado o curso, os diplomados estão condenados a ser empregados de hotel ou bar. Ou a sair de uma região onde a formação não é valorizada.
Um quadro superior aufere, em média, menos 514 euros no Algarve do que se estivesse noutra região do país. Os dados publicados pelo INE, referentes a 2019 (período pré-pandémico), traduzem uma realidade bem conhecida. Quem tem qualificações superiores não é quem mais ganha no Algarve. “Trabalhar aqui é menos interessante do que fazê-lo noutra região do país”, comenta o representante regional da Ordem dos Economistas, Luís Serra Coelho, também professor da Universidade do Algarve (UAlg), referindo-se aos diplomados que não encontram emprego compatível com as suas habilitações. Os empresários, por outro lado, reclamam que não há mão-de-obra que chegue para satisfazer a procura — e não é apenas no sector do turismo.
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