Sonae vende holding de cibersegurança por 120 milhões à Thales Europa
Operação deverá ter um impacto positivo nos resultados consolidados da Sonaecom de cerca de 63 milhões de euros.
A Sonaecom chegou a acordo com a Thales Europe para alienar a totalidade do capital social e direitos de voto da Maxive – Cybersecurity, SGPS, holding que controla a S21sec e a Excellium, pelo valor de 120 milhões de euros, anunciou esta terça-feira a empresa.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonaecom, holding do grupo Sonae (proprietária do PÚBLICO), “informa que, na presente data, a sua subsidiária Sonae Investment Management – Software and Technology, SGPS, e restantes accionistas, chegaram a acordo com a Thales Europe, S.A. para alienar a esta a totalidade do capital social e direitos de voto da Maxive – Cybersecurity, SGPS, S.A”.
De acordo com a informação divulgada, a transacção tem subjacente um valor estimado de 120 milhões de euros, de que deverá resultar “num impacto positivo nos resultados consolidados da Sonaecom de cerca de 63 milhões de euros”.
Contudo, a empresa salvaguarda que aqueles montantes “poderão variar em função da data efectiva da transacção e respectivo desempenho financeiro da Maxive e suas subsidiárias até esse momento”, lê-se no comunicado.
A concretização da transacção está dependente da verificação das condições usuais para um acordo deste tipo, incluindo aprovação regulatória, prevendo-se que ocorra até 30 de Novembro de 2022.
A holding do grupo Sonae acrescenta que com a transacção, “a Sonae IM prossegue a estratégia de gestão activa do seu portefólio de empresas de base tecnológica, com o objectivo de consolidar a sua posição de investidor de referência a nível internacional, reforçando ao mesmo tempo o trajecto de crescimento e afirmação da Maxive e suas subsidiárias S21sec e Excellium no mercado, o que representa uma clara oportunidade para estas e para as suas pessoas”.
A Sonae, liderada por Cláudia Azevedo, fechou o último exercício com um volume de negócios acima de sete mil milhões de euros, o mais alto da sua história, mais 5,3% do que no ano anterior.