Por quatro vezes a minha memória foi avivada por um nome, Sils-Maria, durante a leitura do ensaio biográfico que Stefan Zweig dedicou, em 1925, a Friedrich Nietzsche (1844-1900), O Combate com o Demónio (Guerra & Paz, 2022): ”Como é mais vasta a solidão de Nietzsche, infinitamente mais vasta do que a pitoresca meseta de Sils-Maria, onde agora os turistas, entre o almoço e o jantar, têm o costume de visitar o seu espaço. A solidão é de toda a sua vida, estendendo-se ao mundo inteiro, de um extremo ao outro!” O escritor austríaco põe em prática a erudição e uma linguagem primorosa para tentar atingir o âmago do filósofo alemão, no seu combate de uma vida com um demónio que era ele próprio.
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