Há uma nova geração lixada em Manchester
Desolação, precariedade, existências sonâmbulas. Era esse o imaginário da Manchester dos anos 80 dos Joy Division e da Factory. Décadas depois existe uma outra geração desalinhada (Blackhaine, Space Afrika, Iceboy Violet) que, de forma diferente, exprime as mesmas inquietações.
Foi há dez anos. Estávamos na Universidade de Preston (UCLan), a 20 minutos de carro do centro de Manchester, na área metropolitana da segunda maior cidade inglesa, quando Peter Hook, histórico baixista dos Joy Division e dos New Order, dois dos grupos mais emblemáticos da região e dos mais influentes de sempre da música popular, parafraseou Tony Wilson, o mentor da editora Factory: “Ele dizia que o punk era uma forma de gritar ‘vão-se foder’! A minha geração, a que se seguiu logo ao punk, aqui em Manchester, o que tinha para gritar era: ‘estamos fodidos!’”
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