O direito à “verdade” no caso de Setúbal
A obscuridade que continua a pairar sobre o caso do acolhimento de refugiados torna legítima a conclusão de que o silêncio e o segredo servem para enterrar o assunto no esquecimento, em nome do interesse superior do país definido pelo Governo
Disse o Presidente da República: “Faz parte da vida democrática haver o apuramento da verdade e o acesso dos cidadãos à verdade.” Disse o Presidente da Assembleia da República sobre a actividade dos Serviços de Informação e Segurança (SIS): “A informação recolhida” não pode ser “contaminada” e tem de circular “apenas entre as entidades legítimas e estritamente indispensáveis”. Disse a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: “Este Governo não deixará que haja violação da lei e, muito menos, que não se trate de forma digna e com respeito aqueles que aqui chegam.”
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