O direito à “verdade” no caso de Setúbal

A obscuridade que continua a pairar sobre o caso do acolhimento de refugiados torna legítima a conclusão de que o silêncio e o segredo servem para enterrar o assunto no esquecimento, em nome do interesse superior do país definido pelo Governo

Disse o Presidente da República: “Faz parte da vida democrática haver o apuramento da verdade e o acesso dos cidadãos à verdade.” Disse o Presidente da Assembleia da República sobre a actividade dos Serviços de Informação e Segurança (SIS): “A informação recolhida” não pode ser “contaminada” e tem de circular “apenas entre as entidades legítimas e estritamente indispensáveis”. Disse a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: “Este Governo não deixará que haja violação da lei e, muito menos, que não se trate de forma digna e com respeito aqueles que aqui chegam.”

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.