Desde 4 de Maio que uma onda de calor atingiu Portugal continental, avança o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Os dias 8, 9 e 10 foram os mais quentes, atingindo valores médios da temperatura máxima de 28 graus, o que é sete graus acima do valor médio mensal para Maio, segundo um comunicado do instituto.
A onda de calor é causada por “um anticiclone localizado a oeste do arquipélago dos Açores”, explica o comunicado. O calor vai continuar até ao próximo sábado, dia 14, quando se atingirá um pico de temperaturas médias e altas no continente, de acordo com as previsões do IPMA. A partir do dia 15 de Maio a temperatura irá diminuir, especialmente a máxima.
As ondas de calor ocorrem quando, ao longo de cinco ou mais dias, a temperatura máxima diária é superior em cinco graus em relação ao valor médio diário no período de referência (geralmente de 30 anos), explica o IPMA.
O instituto registou ondas de calor em 41 estações meteorológicas nas regiões do interior Norte, Centro, vale do Tejo e Alentejo, com o número de dias da onda a variar entre os seis e os oito. As três maiores temperaturas ocorreram esta terça-feira, dia 10, em Alvega, no concelho de Abrantes, que atingiu os 35,8 graus; em Mora, no concelho de Évora, com 35,6 graus; e em Vale de Santarém, com 35,5 graus.
“Na rede de estações do IPMA não foram, no entanto, ultrapassados os maiores valores da temperatura máxima do ar para Maio”, informa o comunicado, adiantando que é muito comum haver ondas de calor neste mês. Nos anos de 2015, 2017, 1019 e 2020 “verificaram-se vários períodos prolongados de tempo quente” em Maio.