Jornalistas ucranianos distinguidos com Pulitzer especial pela cobertura da guerra

Salientando a “coragem, resistência e compromisso com informações verdadeiras” durante o conflito, os prémios mais prestigiados do jornalismo norte-americano distinguiram os jornalistas da Ucrânia com um prémio especial.

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Jornalistas do Chicago Tribune e membros da The Better Government Association reagem à notícia da vitória EPA/JOSE M. OSORIO / HANDOUT

Os Prémios Pulitzer distinguiram esta segunda-feira os jornalistas ucranianos com um prémio especial, pela sua cobertura desde o início da invasão russa da Ucrânia.

Os Prémios Pulitzer, administrados pela Universidade de Columbia e considerados os mais prestigiados do jornalismo norte-americano, reconhecem trabalhos em 15 categorias de jornalismo e sete categorias de artes.

Marjorie Miller, a responsável pelos prémios, salientou a “coragem, resistência e compromisso com informações verdadeiras” durante o conflito e perante a “guerra da propaganda” lançada pela Rússia. “Apesar dos bombardeamentos, sequestros, ocupação e até mortes nas suas fileiras, [os jornalistas] persistiram nos seus esforços para oferecer uma imagem precisa de uma realidade terrível”, realçou ao anunciar este prémio especial.

Já o Washington Post ganhou o Prémio Pulitzer do jornalismo de serviço público pela sua cobertura da invasão ao Capitólio dos EUA, ocorrida a 6 de Janeiro de 2021.

Num ano agitado, marcado pelo fim da guerra mais longa dos Estados Unidos, no Afeganistão, foi destacado o ataque à democracia em solo norte-americano, quando apoiantes de Donald Trump tentaram impedir a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden.

A extensa reportagem do Post, publicada através de uma sofisticada série interactiva, encontrou vários problemas e falhas nos sistemas políticos e de segurança, antes e depois do motim.

O ataque ao Capitólio também resultou num prémio para a Getty Images, que conquistou um dos dois prémios destinados a fotografias de notícias de última hora.

O Tampa Bay Times ganhou o prémio de reportagem de investigação, com o trabalho “Poisoned”, que produziu uma análise aprofundada a uma fábrica de chumbo poluente.

O Miami Herald conquistou o prémio de notícias de última hora pelo seu trabalho na cobertura no acidente mortal da torre do condomínio Surfside, enquanto a The Better Government Association e o Chicago Tribune ganharam o prémio de reportagem local pelo trabalho “Deadly Fires, Broken Promises”, sobre a falta de aplicação das normas de segurança contra incêndio.