Os peripatéticos tinham razão. Caminhar ajuda muito ao pensamento. Claro que se já tivermos atingido aquele grau de sabedoria que nos possibilita esvaziar a mente isto não se aplica. Tal estado, contudo, é bem mais difícil de alcançar do que se poderá concluir lendo, por exemplo, o brasileiro Paulo Coelho e as suas tranquibérnias sobre a Nova Era. Escrevo isto após um passeio a ver as malvas nos campos e ocorre-me que Paulo Coelho, à imagem dos corpulentos chumaços dos anos 80, terá passado de moda. Ressalva feita, a cada um a sua época e as suas referências, não esquecendo nunca que, como dizia Jean Cocteau (tinha de ser um francês…): “la mode, c’est ce qui se démode”.
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