José Eduardo Agualusa vence Grande Prémio de Crónica e Dispersos da APE

O livro O Mais Belo Fim do Mundo foi publicado no ano passado pela Quetzal e reúne crónicas, contos, notas diarísticas e divagações, escritos entre 2018 e 2021 na revista Visão, na Granta (edição portuguesa) e no jornal brasileiro O Globo.

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José Eduardo Agualusa vai receber este prémio no próximo dia 26 de Maio enric vives-rubio

O escritor José Eduardo Agualusa foi o vencedor do Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários, da Associação Portuguesa de Escritores (APE), com o livro O Mais Belo Fim do Mundo (Quetzal), anunciou esta quinta-feira a organização. O livro reúne crónicas, contos, notas diarísticas e divagações, escritos entre 2018 e 2021 na revista Visão, na Granta (edição portuguesa) e no jornal brasileiro O Globo.

O Grande Prémio de Literatura Crónica e Dispersos Literários APE/Câmara Municipal de Loulé foi atribuído por unanimidade do júri, constituído por Carina Infante do Carmo, Carlos Albino Guerreiro e Fernando Batista, indicou a APE em comunicado.

Na acta de atribuição do prémio, o júri justificou a sua escolha com a “destreza na escrita da crónica, que se matiza nas formas do conto, do ensaio e do apontamento diarístico sem comprometer o desenho calibrado do livro”.

“Na mão de José Eduardo Agualusa a crónica é uma sonda apurada dos dias comuns pessoais e do tempo colectivo que é o nosso, tenso, conturbado, alargando-nos o horizonte para geografias sobretudo africanas mediante uma escrita bela, lúcida e poética”, acrescentou o júri.

O Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários, instituído pela APE, com o patrocínio da Câmara Municipal de Loulé, “destina-se a galardoar anualmente uma obra em português, de autor português, publicada em livro e em primeira edição em Portugal, no ano de 2021”.

O valor monetário deste galardão é de 12 mil euros. A cerimónia de entrega do prémio terá lugar no Dia do Município de Loulé, no próximo dia 26 de Maio.

No ano passado, o vencedor do Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários foi Lídia Jorge, com o livro Em todos os sentidos (D. Quixote).

Em edições anteriores, este prémio já distinguiu os autores José Tolentino Mendonça, Rui Cardoso Martins, Mário Cláudio, Pedro Mexia e Mário de Carvalho.

José Eduardo Agualusa foi o convidado do Encontro de Leituras, o clube de leitura do PÚBLICO e do jornal brasileiro Folha de São Paulo, no mês de Novembro do ano passado. O podcast pode ser ouvido aqui.