“É legítimo que possamos reflectir no cliente final este acréscimo de preços”
O novo presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Bernardo Trindade, diz que a pressão causada pela inflação terá de ter impactos no preço cobrado aos turistas, mesmo que parcialmente. Diz que o sector está a recuperar, mas que precisa de um “Apoiar 2”, com verbas a fundo perdido, para não afectar os balanços fragilizados das empresas.
Para o novo presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Bernardo Trindade, o acréscimo de preços que se está a verificar em toda a estrutura de custos das empresas do sector terá de ser reflectir no cliente final, e o país já “mostrou ao mundo uma qualidade” que lhe permite dar esse passo. Os dados que se conhecem até agora deste ano mostram sinais positivos, mas, defende, naquela que é a sua primeira entrevista desde que tomou posse, que tem de haver um “Apoiar 2” para ajudar as empresas com capital a fundo perdido. “Se lançamos apenas dívida, se colocamos mais dívida num balanço já fragilizado no pós-covid, temo que haja problemas num futuro próximo”, diz este responsável, que foi deputado socialista e secretário de Estado do Turismo do Governo de José Sócrates entre 2005 e 2011. De acordo com Bernardo Trindade, que é administrador do grupo hoteleiro PortoBay Hotels e Resorts, tem de haver um procedimento mais ágil para dinamizar o acordo de mobilidade da CPLP, necessário para ajudar a resolver o problema de falta de trabalhadores no sector.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.